Fonte da imagem:https://citylimits.org/2023/11/17/opinion-tlcs-new-policy-is-a-wrong-turn-for-people-with-disabilities-and-drivers/

Opinião: A nova política do TLC é um passo errado para pessoas com deficiência e motoristas

Na última semana, o Conselho de Táxis de Nova York (TLC, na sigla em inglês) introduziu uma nova política que tem gerado controvérsias e preocupações entre pessoas com deficiências e motoristas de táxi. A medida foi recebida com críticas, pois parece estar indo na direção oposta dos avanços alcançados até então na inclusão e acessibilidade.

De acordo com a nova política, a frota de táxis acessíveis será reduzida drasticamente, passando de 50% para apenas 25%. Isso significa que menos veículos estarão disponíveis para atender às necessidades de pessoas com deficiência, que já enfrentam muitas dificuldades para se locomover pela cidade.

A decisão do TLC foi baseada em argumentos financeiros, alegando que a operação de táxis acessíveis representa altos custos para os motoristas. No entanto, é importante ressaltar que a acessibilidade não pode ser tratada apenas como uma questão de custos, mas sim como um direito garantido por lei.

O retrocesso na disponibilidade de táxis acessíveis prejudica diretamente a vida de pessoas com deficiência, que dependem desses serviços para se deslocarem com autonomia e independência. Além disso, é um golpe ao progresso alcançado até o momento para tornar a cidade mais inclusiva.

Motoristas de táxi também serão impactados negativamente por essa política. A redução da frota acessível pode levar a uma diminuição de passageiros e, consequentemente, afetar seus ganhos. Para muitos motoristas, atender às necessidades de pessoas com deficiência representava uma parcela significativa de seus negócios.

A decisão do TLC levanta a questão de se a acessibilidade é realmente uma prioridade para a cidade de Nova York. É fundamental que as autoridades revisem essa política e encontrem soluções que garantam a acessibilidade para todos os nova-iorquinos, independentemente de sua condição física.

Em um momento em que a sociedade está lutando por maior igualdade e inclusão, é difícil entender como uma medida como essa pode ser implementada. A inclusão de pessoas com deficiência não é uma questão de conveniência, mas sim de direitos humanos.

É hora de repensar essa política e trabalhar na construção de uma cidade verdadeiramente inclusiva, onde todos tenham a liberdade de se deslocar e viver com dignidade, independentemente de suas habilidades físicas. Vamos esperar que as autoridades tomem medidas para corrigir esse equívoco e se comprometam com a verdadeira inclusão.