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Defensores expressam opiniões sobre a decisão da Suprema Corte da Geórgia sobre a proibição do aborto de 6 semanas

ATLANTA – Na quarta-feira, defensores dos direitos das mulheres e grupos pró-vida pesaram suas opiniões sobre a recente decisão da Suprema Corte da Geórgia de aprovar uma lei que proíbe o aborto após seis semanas de gravidez.

A medida, conhecida como SB 176, foi aprovada por 6 votos a 3 e entrará em vigor em 1º de janeiro de 2022. A lei proíbe a realização de abortos uma vez que os batimentos cardíacos do feto possam ser detectados, o que ocorre aproximadamente às seis semanas de gestação.

Defensores dos direitos das mulheres alegam que essa proibição de fato elimina a possibilidade de muitas mulheres terem acesso ao aborto legal e seguro. Eles afirmam que nem todas as mulheres têm conhecimento de sua gravidez nas primeiras semanas ou têm recursos para procurar assistência médica adequada dentro do prazo estipulado pela nova lei.

“Essa decisão representa um grave ataque aos direitos das mulheres e interfere na capacidade delas de tomar decisões importantes sobre suas próprias vidas e saúde”, defende Maria Silva, representante da organização pró-escolha Women’s Choice.

Por outro lado, grupos pró-vida elogiaram a decisão da Suprema Corte, argumentando que ela reforça a proteção e a valorização da vida. Eles acreditam que essa lei é um grande passo em direção à redução do número de abortos no estado.

“Acreditamos firmemente que a vida começa desde a concepção. Portanto, essa proibição é uma vitória para o direito à vida e para a proteção dos valores fundamentais em nossa sociedade”, afirma João Oliveira, porta-voz do grupo pró-vida “Save the Unborn”.

Vale ressaltar que a decisão da Suprema Corte da Geórgia foi amplamente debatida entre políticos, ativistas e membros da comunidade médica. Médicos e organizações médicas afirmam que a proibição do aborto de 6 semanas é baseada em uma falsa premissa, uma vez que muitas mulheres sequer sabem que estão grávidas nesse estágio da gestação.

Outros estados americanos também adotaram medidas semelhantes, gerando um debate nacional em torno do direito ao aborto e limitações impostas pelo Estado.

Enquanto isso, ativistas dos direitos das mulheres prometem continuar lutando contra as leis restritivas de aborto, que consideram um retrocesso aos direitos conquistados pelas mulheres nas últimas décadas.

A decisão da Suprema Corte da Geórgia é vista como um divisor de águas no estado e pode abrir precedentes para futuras discussões legais e políticas sobre o direito ao aborto em todo o país.