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ONGs em defesa do direito ao aborto afirmam que as consequências serão graves se a Suprema Corte dos EUA não aceitar ouvir o caso da pílula

Reprodução de direitos – defensores dos direitos ao aborto alertam para as graves consequências que poderiam surgir caso a Suprema Corte dos Estados Unidos opte por não ouvir o caso da pílula.

No dia 18 de outubro, um grupo de organizações não-governamentais defensoras do direito ao aborto emitiu um comunicado urgente, ressaltando a necessidade de a Suprema Corte analisar um caso relacionado ao medicamento abortivo mifepristone, conhecido como “pílula do aborto”.

De acordo com as ONGs, se a Suprema Corte decidir não ouvir o caso, isso resultará em implicações devastadoras para as mulheres e o acesso ao aborto seguro nos Estados Unidos.

O caso, Food and Drug Administration (FDA) versus American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG), trata da administração do medicamento mifepristone durante a pandemia de COVID-19. As ONGs argumentam que a suspensão das restrições temporárias à administração presencial do medicamento, devido à pandemia, resultará em uma redução significativa do acesso ao aborto seguro.

O mifepristone é frequentemente usado em conjunto com outro medicamento, o misoprostol, para interromper uma gravidez em suas primeiras 10 semanas. Geralmente, as mulheres recebem a primeira dose do mifepristone em uma clínica médica supervisionada e, em seguida, tomam o misoprostol em casa.

No entanto, devido à pandemia, várias restrições temporárias foram suspensas para permitir que as mulheres recebessem o medicamento por correio, evitando deslocamentos desnecessários e reduzindo os riscos de exposição à COVID-19. Se a Suprema Corte não ouvir o caso e as restrições forem retomadas, as mulheres serão forçadas a comparecer pessoalmente a uma clínica, o que pode ser difícil para muitas, especialmente para aquelas que vivem em áreas remotas ou com acesso limitado a serviços de saúde.

As ONGs alertam que a negação de acesso ao mifepristone aumentará os riscos de saúde para as mulheres e poderá levar a resultados trágicos, como abortos inseguros e complicações médicas graves.

Além disso, segundo as organizações, a incapacidade de acessar um aborto seguro impactará desproporcionalmente mulheres de baixa renda, minorias raciais e étnicas, jovens e pessoas que vivem em áreas rurais.

Ativistas dos direitos ao aborto pedem que a Suprema Corte analise o caso e mantenha as restrições temporárias suspensas para garantir que as mulheres tenham acesso seguro e legal ao aborto durante a pandemia.

Até o momento, não há confirmação sobre quando ou se a Suprema Corte decidirá ouvir o caso em questão.